quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Tarsila do Amaral

Nascida em 1 de Setembro de 1886 em Capivari, interior de São Paulo, filha de José Estanislau do Amaral Filho e de Lídia Dias de Aguiar. Seu pai herdou fortunas e fazendas, onde Tarsila e seus sete irmãos passaram a infância. Desde criança, fazia uso de produtos importados franceses e foi educada conforme o gosto do tempo. Sua primeira mestra, a belga Mlle. Marie van Varemberg d’Egmont, ensinou-lhe a ler, escrever, bordar e falar francês. Sua mãe passava horas ao piano e contando histórias dos romances que lia às crianças. Seu pai recitava versos em francês, retirados dos numerosos volumes de sua biblioteca.


Aprendeu pintura com Pedro Alexandrino Borges, na Academia Julian onde desenhava nus e modelos vivos intensamente, também estudou na Academia de Émile Renard e na Academia de Lhote.
Viajou a Paris e conheceu: Pablo Picasso, Fernand Léger mestre cubismo, de quem Tarsila conservou, principalmente, a técnica lisa de pintura e certa influência do modelado legeriano.

Ao voltar pro Brasil pra "redescobri-lo", Tarsila iniciou sua fase artística “Pau-Brasil”, dotada de cores e temas acentuadamente tropicais e brasileiros, onde surgem os "bichos nacionais"(mencionados em poema por Carlos Drummond de Andrade), a exuberância da fauna e da flora brasileira, as máquinas, trilhos, símbolos da modernidade urbana.

Sua primeira exposição individual aconteceu em 1926 na Galeria Percier, em Paris, e em 1929 expôs pela primeira vez no Brasil.

Tarsila foi casada por quatro vezes e teve uma filha com seu primeiro marido, a pequena Dulce Amaral Rombauer, morta em 1966 de diabetes, para o desespero da pintora, o que provavelmente deu início a sua depressão.

Algumas de suas famosas obras:


AUTORRETRATO - 1923

Em um jantar em homenagem a Santos Dumont em Paris, Tarsila chegou atrasada vestida com um casaco vermelho e causou furor entre os convidados. Além da roupa deslumbrante, sua aparência era arrebatadora. Ela fazia muito sucesso também como mulher, e eternizou este momento neste primoroso autorretrato.
 







ABAPORU - 1928

Em janeiro de 1928 Tarsila deu de presente ao seu marido, o escritor Oswald de Andrade, uma obra para impressioná-lo. Muito empolgado disse que era o melhor quadro que ela já tinha feito e o batizaram com as palavras indígenas ‘Aba’, que significa homem e ‘poru’, que é o homem que come carne humana. Abaporu significa o antropófago. Em seguida Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e iniciou o Movimento Antropofágico inspirados na obra. Este é o quadro mais importante da arte brasileira.








OPERÁRIOS - 1933

Pintura emblemática da arte brasileira. Foi a primeira com a conotação social tão explícita. Depois de uma viagem para Moscou, onde fez uma Exposição em 1931, Tarsila voltou sensibilizada com a causa operária e pintou esta obra. Alguns rostos são de pessoas conhecidas como o arquiteto Warchavchik, a dançarina Elsie Houston e o empregado de seu pai, o negro no centro do quadro, Benedito Sampaio.

ANTROPOFAGIA - 1929

Nesta obra a pintora fez a fusão dos quadros A Negra e o Abaporu. Alguns elementos aparecem com diferenças das obras originais. Os rostos da Negra e do Abaporu estão diferentes, assim como os pés e as mãos. Mas isso não interfere na percepção da união das duas obras, e na magnitude do conjunto formado.
 





Tarsila morreu de depressão em 17 de Janeiro de 1973 aos 86 anos no Hosp Beneficência Portuguesa. Está enterrada no Cemitério da Consolação. 


Para saber mais sobre a Tarsila, visite seu site oficial clicando aqui.


Meu coments: A escola que estudei no ensino médio tinha obras da Tarsila espalhadas pelas paredes de toda escola, na parte externa das salas. 
Na minha sala tinha a obra intitulada "Abaporu", o que me marcou muito, pois todos os dias da semana eu chegava de dava de cara com aquela pintura enorme. Era lindo!

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